segunda-feira, 26 de setembro de 2011

[...]

Você sabe o que é um calor de um corpo, o sabor de um beijo longo e demorado, a proteção de um abraço...
Sentir o seu corpo comprimindo- se a outro tornando-se um só, experimentando cada parte do corpo...
Cada cheiro ... Cada toque ... Cada olhar...
Já fez pessoas esboçarem sorrisos, mesmo quando você não tem a intenção de fazê-lo.
Amigos, para dizer que no final de cada guerra que está tudo bem.
Para dizer que te amam.

Você tem tudo isso ...
E mesmo assim, sente aquele vazio corroendo seu coração.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A vida me ensinou

A dizer adeus às pessoas que amo,
Sem tira-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostra-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade,
Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir;
Aprender com meus erros .
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças;
Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo,
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhosa com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente,
Pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente,
Pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordada;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para “ver e ouvir estrelas”, embora nem
Me ensinou a ter olhos para “ver e ouvir estrelas”, embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e esta me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesma tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Amor

Eu só sei que amo verdadeiramente depois de ter esbarrado nas imperfeições do outro, depois de ter conhecido sua pior faceta e mesmo assim continuar reconhecendo-a como parte a que não posso renunciar.Amar é o mesmo que exercitar-nos na simplicidade. O amor não complica, porque seu único desejo é resolver.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A Donzela e o Ceifador

Há quase seis anos atrás, um amigo me enviou um presente de aniversário, um belíssimo conto conto chamado a donzela e o ceifador. Uma pequena 'cronica', sobre nós, talvez como nossa amizade, de possibilidades, ao ver dele.
O conto veio enraizado de uma de nossas conversas... Eu lembro bem de certos detalhes.
Sua inspiração veio como um suspiro, e adicionando elementos do real e fantasia. Lindo.
Como muitas de suas obras, se não, todas elas.

Mas o desenrolar da história, era a nossa amizade, nossa história.
Nutridas pela distância, pelo carinho.

E acabou junto com a esperança que um de nós alimentava.

Já disse que ia te dar um presente... um conto.
Talvez eu devesse terminá-lo, aos meus olhos, com fragmentos da alma, memórias...
E com um pouco de 'amor' também. 


Espero que goste. 
Com carinho e saudades.

...

Depois de muito tempo vaguear pelo bosque, ela sentou. Observando o horizonte com indiferença.
O vestido fino e branco não a protegia do frio do outono, os seus cabelos negros não impediam do vento tocar-lhe a face.
Ela sentia o vento acariciar-lhe o rosto, afagar seus cabelos e tocar seus ombros a mostra.
O ceifador estava aproximando-se. Ela podia ouvir a túnica comprida arrastar as folhas já sem vida.

O que você quer? Ela disse. Já levou minha alma, levou meus sentimentos.. Não tem motivos para me importunar.
O ceifador nada disse. O tom de voz da moça era neutro...
Vazio ...

Foi o que ela se tornou ...

Fazia muitos anos que sua alma fora roubada.
Há anos não cantava,escrevia ou sequer pintava... Foi se limitando a agir e começando a definhar.
Não havia mais lugar para seus singelos prazeres. Seu mundo perdera a cor, e dessa vez, não poderia colorí-lo.

É como roubasse o brilho das estrelas. Pensava o ceifador, o céu perde toda a sua serenidade.
A alma estava em suas mãos.
Aquela luz escarlate retirada do peito da moça fazia-o sentir bem.
Ele sentia o calor e prometeu que ia cuidar bem dela, por isso deixou em seu próprio peito, protegido e acolhido.

Mes após mes, a alma foi perdendo o seu brilho.
Aquela luz já não o satisfazia.
Por muitos longos períodos ele se recolhia não muito longe do bosque. Sentava-se no tronco de uma arvore robusta que tombara ao longo do tempo.
Deveria pensar em algo, e logo. Por mais doloroso que fosse, deveria tomar sua decisão.
E foi feita.


"Não tem motivos para me importunar..."Ele estava diante dela agora.Ela levantou, tentando encarar o rosto que se escondia através do capuz
Com os dedos cadavéricos, retirou o pequeno vestígio de luz de seu peito e ao aproximá-lo do devido dono, brilhou com pouco mais de intensidade. Pulsante. Tão fraco, porém tão intenso para ela agora, que fechou os olhos para receber tal luz.
Ao abrir os olhos, ele já não estava mais lá.

Obrigada. Ela sussurrou, e sabia que seu recado seria dado pelo vento.

[...]

Já devem ter lido aquela velha e maldita frase,
"Você só dá valor a algo, quando o perde."
Sim, tenho que concordar ...
Mas ...
E quando você nunca o teve?
Porque parece pior?

Você deixou um pequeno conto, meu presente de aniversário, há quase 6 anos.
Logo deixarei um aqui, meu amigo ... E só para deixar claro, sentirei saudades ...
Muitas ... 

Mas como toda a sua história tem um fim, tem também um novo começo....





quarta-feira, 7 de setembro de 2011

[...]

Balança-se num ritmo lento e regular,
O céu enluarado empresta seu brilho prateado as árvores.
Suas folhas dançam com a leve brisa...
Se encontrou com a solidão, e a recebeu com leveza.
O frio tocava seus ombros expostos,
Fazendo com que se aninhasse no peito de seu amado,
Enquanto a enlaçava num profundo e terno abraço.
Ela acariciava-lhe os braços enquanto sorria.
Poderia acariciar-lhe os cabelos finos, 
passando a mão pelo rosto quase que inexpressivo,
Ao mesmo tempo em que assistia seus olhos
esperando se fecharem, sentindo a respiração lenta e o coração sereno.

Poderia ficar lá a eternidade se quisesse.

A rede parou de balançar,
Sentiu a tristeza invadir-lhe o peito, 
Ele não esteve lá, nunca estivera...
Mas, tão perto ... tão pouco...

Então lembrou-se de que a solidão cobrava sua companhia....